quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Reflexão

Mais uma vez, fim de ano, época em que somos perseguidos pelos pensamentos referentes às coisas que não fizemos durante todo o ano. As vezes acho que na última semana do ano vou conseguir o que não fiz o ano todo.
Bem, hoje, mais do que antes, tenho a estranha sensação de que o novo as vezes é chato. Bom mesmo é curtir as lembranças gostosas que não voltam mais. Acredito que antes tudo era mais sincero, ou talvez minha visão é que tenha mudado. O fato é, as pessoas machucam, e muitas das feridas demoram a cicatrizar, isso quando cicatriza.
Assim como em um filme, ou em um jogo, gostaria de poder começar tudo novamente, poder me atentar aos detalhes que se esvaem sem a merecida atenção, mas bem sei que não é possível.
Como uma pilha sempre crescente, as regras, os compromissos, as metas, as cobranças, as definições, tudo me sufoca, preenche o espaço que ao meu ver, deveria estar disponível à outras coisas bem mais interessantes. É justamente nessa época do ano que me vem à mente a estranha sensação de tempo perdido.
Quanto mais dinheiro, cargos, posses, mais penso que nada disso foi feito para minha felicidade. Afinal, não sei ao certo o que me deixa feliz, e ao mesmo tempo tenho a plena certeza.
Confesso que me pego em pensamentos, seja sobre a posição tomada nas decisões do passado, quanto pelas decisões não tomadas.
Em determinado momento, decidi abandonar o papel de entidade ativa e predominante dentro do ambiente em que convivo. De um instante a outro, a certeza de estar fazendo o bem com a minha atuação se esvaiu de mim, como o gelo que derrete.
Também a passividade me apavora, porém o peso da culpa parece ser mais pesado do que o da omissão, e com isso, sigo analisando tudo o que se passa ao meu redor.
Embora não tenha planejado todo esse cenário, vejo cada episódio de modo discreto e pouco, ou quase nada participativo, pensando que assim possa me preservar de tudo o que já me ocorreu antes.
Novamente a tristeza toma o lugar da alegria, embora seja essa tristeza que faz com que todo o potencial didático esteja presente. Comparo tal situação à uma balança. Onde não há espaço para reflexão, de auto análise e crítica, também não há espaço para a evolução.
Como quem aproveita cada um dos sentimentos, utilizo-me também desse momento para cumprir metas há muito esquecidas.
Para o próximo ano, fica a promessa a ser cumprida. Terminar os estudos, voltar a vida simplista e econômica, e quem sabe, após esse ano de conquistas, direcionar o objetivo para a formação de algo mais concreto.

O que mais acho engraçado é que, toda essa magia em torno do novo ano que se inicia vem simplesmente de uma noite, a que marca o fim de um dia para o começo de outro.
Essa magia, que aquece os sonhos, vai fazer de 2012 o melhor ano de todos.

Felicidade, comprometimento e amor, isso é o que espero para o novo ano que se inicia.