quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Como os planos mudam rapidamente

A vida da gente normalmente é composta de planos, vontades e metas.
Para se alcançar os planos, é necessário ter vontade de se ter ou ser algo, e para isso são necessárias metas, desdobramentos pequenos para se alcançar um algo maior.

A questão é: é você mesmo que deseja algo ou você simplesmente assumir a vontade e os sonhos de alguém? Quantas vezes começamos projetos que exigirão meses ou anos de nossas vidas pelo simples fato de alguém, que não nós mesmos, querer isso.

Cada meio em que nos inserimos nos exige algo diferente, e automaticamente mudamos nossos pensamentos, ritmo de vida, gostos e vontades, somente para se enquadrar ao gosto e vontades de outros. Quantas vezes você já imaginou trocar de carro pelo simples fato dos seus colegas de trabalho o terem feito? Aquele livro ou tênis que você nem gosta tanto assim e que comprou somente para impressionar seus amigos e colegas?

Acho que a cada dia nos desviamos mais do que realmente importa, do que te traz felicidade. Essa sim, há tanto tempo esquecida, só depende de nós, de nossos desejos, e normalmente chega a nós por prazeres simples, que sempre foram tão próximos e fáceis de alcançar. Chego a pensar que tudo isso que vivemos é um mero pesadelo, onde o que nos faz feliz de verdade está gratuitamente ao nosso alcance, enquanto tudo o que não precisamos, uma mera distração, nos chega aos olhos a peso de ouro, tudo para que desperdicemos tempo correndo atrás do que não é pleno.

Quando conseguimos deixar de lado tudo aquilo que chegou até nós sem que nós quiséssemos, e enxergar a real verdade da vida, acredito que teremos chances de ser mais felizes, sinceros e humanos. O fato, meu amigo, e que isso não é nada fácil, aliás, quem chega ao ápice desse aprendizado já não depende de aceitações, luxúria e afins.

Até lá, estamos a procura de algo que nos faça sentir plenamente realizado.


Cheguei aos 30, e agora?

Após um bom tempo sem publicar nada bateu uma necessidade intensa de tirar de dentro algumas palavras.

Como o título indica, o texto refere-se à uma idade marcante, que delimita a passagem dos 20 e poucos anos para o 3 ponto 0.

O fato é que eu nunca havia me imaginado nessa idade, e agora, quando alcancei a não sonhada idade dos 30, algumas questões me vieram à cabeça...

As comparações são inevitáveis, mas mesmo assim ainda não tenho muito parâmetro para comparação. O que fica é a medida do que se deveria ter, ou ser, nessa idade. Então fica a questão.... será que estou cumprindo com o cronograma de tudo (???) o que deveria ser cumprido?
As vezes fica a sensação de que pouca coisa mudou desde os 18.

Agora já tenho minha carteira de motorista, porém não dá mais pra contar isso como vantagem. A impressão que fica é que eu já deveria ter casa, carro próprio, um bom dinheiro no banco, e muito mais, e o fato é que não tenho nenhum desses 3 itens, o que chega a ser bem decepcionante.

O problema é que estou pensando em talvez nunca ter nenhum desses itens. To pensando mesmo é curtir a vida como se o hoje fosse o último dia, sem amanhã nem contas parceladas. Talvez seja um início de insanidade, talvez mera fuga, talvez uma vontade reprimida doida para sair.

O que posso dizer sobre o momento atual é que estou totalmente despreparado para enfrentá-lo. Com 1 filho recém-nascido, um emprego público novo e total incerteza sobre o que vem a seguir, fica sempre a margem de dúvida sobre qual caminho seguir.

Há quem diga que investir é o melhor negócio, mas a realidade mostra o contrário. Isso apenas prova que somos capazes de deixar para amanhã (que pode inclusive não chegar) o que poderíamos fazer hoje e tivemos medo. O danado do meio termo poderia me ajudar nesse momento, mas ninguém o encontra, e se o encontrar, diga que quero muito falar com ele.

Sabe aquele texto que diz que em algum momento de sua vida você vai desaprender o que sabia fazer de melhor? Então... to nesse momento aí...
Estou com a legítima impressão de que não sou tão inteligente quanto imaginava, nem tão dedicado quanto esperava, nem mesmo tão focado quanto já fui antes. Acho que isso, na verdade, é um pouco de cansaço, e em grande parte, falta de comemoração relativa ao que já foi conquistado.

Afinal de contas, agora sou FPF que, para quem não sabe, é funcionário público federal. Pode até parecer exibicionismo, mas ao contrário disso, chega a ser desânimo. Corri atrás desse status por longos 5 anos, e agora acho que não é tão legal assim. Insatisfeito né?

To pensando é que eu devo, na verdade, escolher novos afazeres, principalmente no que tange diversão. Sabe aquele lance de fazer algo, mesmo que seja nada? Escolher algum dia / momento para fazer o que bem entender, sem ter o compromisso de ser produtivo, rentável, saudável, etc?

Tá faltando um pouco de lazer e de felicidade, e sem isso, o que sobre é esse sentimento de que tá tudo muito corrido e sem graça.
Acredito que eu tenha que abandonar um pouco esse medo de desapontar. Na verdade eu nem sei a quem ou o que eu tento não desapontar, mas que há esse medo, sem dúvida há.

Sempre tive muitas metas bem definidas a serem cumpridas, e sempre tive muitos amigos ao meu lado, e o fato é que agora estou na carência de ambos. Eu bem que gostaria de ter chegado aos 30 com um pouco mais de tudo, dinheiro, diversão, bens materiais, e o fato, duro de aceitar, é que me faltou um pouco de cada, e o pior é que eu não sei se isso é o que anda me deixando triste e sem graça.

Embora muito descaracterizado, espero ao menos resgatar a capacidade de equilibrar as coisas, de colocar tudo ao seu devido lugar, afinal de contas, não importa como está, e sim como vai ficar.
Acho que uma boa viagem resolveria o problema, logo vou tentar o mais breve possível.

Meio que sem fim, afinal ainda estou com 30, termino esse texto.
Se você não entendeu nada do que eu quis dizer, nem eu.

Fui.