quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Consciência, razão e emoção

Ser capaz de administrar todas as emoções que nos acometem durante as várias fases de nossas vidas é uma tarefa árdua e desafiadora. A cada novo desafio, novas barreiras são apresentadas, e o que temos como ferramenta para enfrentar tudo o que há por vir são nossas emoções.
Emoções que foram conquistadas ao longo da vida, principalmente nos acontecimentos que presenciamos.
O que a experiência nos traz é a capacidade de viver novamente algumas emoções, porém com um menor teor de sofrimento, de agonia.

Com o passar do tempo começamos a ficar exigentes, o que no meu ponto de vista se resume a não querer o que não nos faz bem, ou mesmo o que faz mais mal do que bem. Tentamos evitar emoções que nos deixam a pensar se somos tão ruins assim.
Acredito que nem sempre temos a opção de não tomar parte em algum problema, porém acredito que na maioria da vezes temos.
O relacionamento que há entre emoção e razão é totalmente ditado pelas nossas experiências.
A emoção nos faz tomar atitudes no ímpeto dos acontecimentos, enquanto a razão nos faz pensar com calma, analisando situações que podem nos fazer mal.
A experiência nos faz deixar com os responsáveis o que não é de nossa conta, e nos poupa energia, nos faz sentir mais seguros da decisão.
A experiência é o elo que faz com que esses dois sentimentos consigam cooperar, assim é possível balancear de forma sadia os eventos que vivemos, sem prejuízo no final

Com a experiência, percebi que o silêncio faz maravilhas. Há pouco aprendi a realmente ouvir, não apenas com os ouvidos, mas com a atenção de um bom ouvinte. Diminuir um pouco a ansiedade de resposta faz com que se entenda o ponto de vista do locutor, ao passo que dá a oportunidade ao mesmo de refletir sobre suas palavras.
O intuito não é ouvir e assimilar qualquer coisa que seja dita, mas ouvir os que costumam dizer coisas úteis, que te ajudam a superar as dificuldades.

Cada um vive com a intensidade que deseja o problema que está enfrentando, e muitas vezes, os problemas alheios são dimensionados na visão do outro, enquanto poderíamos minimizar ao extremo a situação, se usássemos nosso próprio discernimento.
Tomar consciência de que muitos dos problemas que enfrentamos hoje, é consequência das nossas próprias escolhas, nos faz viver mais leve, e ao mesmo tempo mais responsável por tudo o que acontece, sem querer culpar alguém por todos os problemas.
Atualmente, vivo as dificuldades e sofro as consequências relativas à escolha do ramo acadêmico.
Não posso culpar ninguém por nada que hoje acometa minha vida.
Mas Deus é bom, e sempre nos ampara com amigos, pessoas que nos ajudam a trilhar as dificuldades enfrentadas em cada etapa.

Não elevar ao extremo as dificuldades, manter a calma, e principalmente, não confiar a outros suas obrigações, nos faz enxergar a situação de um ângulo diferente.
Posso dizer que, na fase em que me encontro, a visão é mais clara. É possível ver exatamente quem gosta de você, quem te ajuda, quem realmente quer te ver bem, e ver também quem está com você apenas quando tudo são flores.

Este é um período de seleção, onde serão definidos os amigos, amores, colegas, pessoas passageiras e importantes, que farão parte de minha vida pra sempre ou serão efêmeros apenas.
A transformação é lenta, dolorida e sujeita a quedas, porém quando o ser humano está com a razão, Deus é o seu advogado.
O tempo passa devagar em determinadas épocas, e é possível prestar atenção detalhada no que antes passava despercebido. Hoje consigo me lembrar de passagens e situações que aconteceram há meses.
Atualmente consigo me sensibilizar com os problemas alheios, e me disponho a ajudar com mais recursos dos que antes tinha, pois o sentimento de paz interior é grande.

Hoje consigo perceber as mentiras que me foram contadas, e sei melhor o que quero pra minha vida.
Não faço dos problemas dos outros o meu problema, mas me disponho a ajudar.
Não tenho mais paciência para arrogância, brigas, fofocas, recadinhos e falta de objetivos.
Agora não dá mais pra ir tocando, empurrando com a barriga.
Se for para funcionar, que seja agora, e não depois. Não dá pra ficar se culpando pelos erros dos outros, então se for para interagir, que seja para ajudar, para fazer acontecer, e não para pegar parte da dor de presente, e muito menos para se desanimar com comentários infelizes. Não é a hora de escutar pessoas negativas, que só dizem que não está certo, que não vai funcionar.

Cada um é responsável por assumir o papel como gestor de sua vida, e agora isso está mais evidente para mim. As atitudes tomadas nessa nova fase decidirão os próximos anos da minha vida, então deverão ser decididas pela consciência, razão e emoção juntas, em um consenso correto e disciplinado.

E que Deus ajude a seguir sempre em frente, em busca dos desafios e de suas consequentes glórias.