quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Cheguei aos 30, e agora?

Após um bom tempo sem publicar nada bateu uma necessidade intensa de tirar de dentro algumas palavras.

Como o título indica, o texto refere-se à uma idade marcante, que delimita a passagem dos 20 e poucos anos para o 3 ponto 0.

O fato é que eu nunca havia me imaginado nessa idade, e agora, quando alcancei a não sonhada idade dos 30, algumas questões me vieram à cabeça...

As comparações são inevitáveis, mas mesmo assim ainda não tenho muito parâmetro para comparação. O que fica é a medida do que se deveria ter, ou ser, nessa idade. Então fica a questão.... será que estou cumprindo com o cronograma de tudo (???) o que deveria ser cumprido?
As vezes fica a sensação de que pouca coisa mudou desde os 18.

Agora já tenho minha carteira de motorista, porém não dá mais pra contar isso como vantagem. A impressão que fica é que eu já deveria ter casa, carro próprio, um bom dinheiro no banco, e muito mais, e o fato é que não tenho nenhum desses 3 itens, o que chega a ser bem decepcionante.

O problema é que estou pensando em talvez nunca ter nenhum desses itens. To pensando mesmo é curtir a vida como se o hoje fosse o último dia, sem amanhã nem contas parceladas. Talvez seja um início de insanidade, talvez mera fuga, talvez uma vontade reprimida doida para sair.

O que posso dizer sobre o momento atual é que estou totalmente despreparado para enfrentá-lo. Com 1 filho recém-nascido, um emprego público novo e total incerteza sobre o que vem a seguir, fica sempre a margem de dúvida sobre qual caminho seguir.

Há quem diga que investir é o melhor negócio, mas a realidade mostra o contrário. Isso apenas prova que somos capazes de deixar para amanhã (que pode inclusive não chegar) o que poderíamos fazer hoje e tivemos medo. O danado do meio termo poderia me ajudar nesse momento, mas ninguém o encontra, e se o encontrar, diga que quero muito falar com ele.

Sabe aquele texto que diz que em algum momento de sua vida você vai desaprender o que sabia fazer de melhor? Então... to nesse momento aí...
Estou com a legítima impressão de que não sou tão inteligente quanto imaginava, nem tão dedicado quanto esperava, nem mesmo tão focado quanto já fui antes. Acho que isso, na verdade, é um pouco de cansaço, e em grande parte, falta de comemoração relativa ao que já foi conquistado.

Afinal de contas, agora sou FPF que, para quem não sabe, é funcionário público federal. Pode até parecer exibicionismo, mas ao contrário disso, chega a ser desânimo. Corri atrás desse status por longos 5 anos, e agora acho que não é tão legal assim. Insatisfeito né?

To pensando é que eu devo, na verdade, escolher novos afazeres, principalmente no que tange diversão. Sabe aquele lance de fazer algo, mesmo que seja nada? Escolher algum dia / momento para fazer o que bem entender, sem ter o compromisso de ser produtivo, rentável, saudável, etc?

Tá faltando um pouco de lazer e de felicidade, e sem isso, o que sobre é esse sentimento de que tá tudo muito corrido e sem graça.
Acredito que eu tenha que abandonar um pouco esse medo de desapontar. Na verdade eu nem sei a quem ou o que eu tento não desapontar, mas que há esse medo, sem dúvida há.

Sempre tive muitas metas bem definidas a serem cumpridas, e sempre tive muitos amigos ao meu lado, e o fato é que agora estou na carência de ambos. Eu bem que gostaria de ter chegado aos 30 com um pouco mais de tudo, dinheiro, diversão, bens materiais, e o fato, duro de aceitar, é que me faltou um pouco de cada, e o pior é que eu não sei se isso é o que anda me deixando triste e sem graça.

Embora muito descaracterizado, espero ao menos resgatar a capacidade de equilibrar as coisas, de colocar tudo ao seu devido lugar, afinal de contas, não importa como está, e sim como vai ficar.
Acho que uma boa viagem resolveria o problema, logo vou tentar o mais breve possível.

Meio que sem fim, afinal ainda estou com 30, termino esse texto.
Se você não entendeu nada do que eu quis dizer, nem eu.

Fui.

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